Em Florença pude até sentir o cheiro da arte. Ela está aglomerada em praças, esquinas, ruas, pontes e museus. Após uma espera de três horas, consegui entrar na disputada Galleria degli Uffizi, o museu mais antigo da Europa moderna, que dispõe de um riquíssimo acervo italiano e europeu do século XII ao século XVIII.
Não consigo dizer qual escola ou qual sala me fascinou mais, as quais eram separadas cronologicamente. Para explicitar a riqueza das obras escolhi falar então sobre o renascimento italiano. Podemos claramente ver nessa arte as diferenças entre cada província italiana da época. Por mais que as cidades hoje não sejam separadas que por de poucas horas de trem, naquela época cada região era dominada por algumas famílias ricas e importantes, com seus respectivos costumes. As mulheres venezianas portavam roupas mais pesadas e ornamentadas, e usavam sapatos com plataforma de madeira muito pesados se comprados ao padrão de hoje. Isso refletia a pouca necessidade de andar grandes distâncias diante da facilidade de locomoção em gôndolas. Já em Rimini, por exemplo, elas usavam outros tipos de tecidos, de outras tonalidades, sapatos e sandálias leves, e mesmo os acessórios eram diferentes. Assim, podemos ver claramente através da arte sutilezas que ilustram diferentes sociedades, culturas, costumes e histórias, o que, a meu ver, a torna ainda mais majestosa.
O papel da mulher na sociedade era claramente retratado nas pinturas: uma mulher casta, simples, que deveria se espelhar na virgem Maria, o grande “exemplum”. As obras que a representavam estavam cobertas de simbologia, e percebe sua ligação com a religião e seu papel de mãe – duas das grandes instituições às quais a mulher estava diretamente ligada. Em contrapartida, pinturas que representavam a Eva explicitavam o que as mulheres deveriam evitar: perdição, pecados e rejeição. Nessas pinturas, a Eva era representada em selvas escuras, cercada por elementos que denotam selvageria, hostilidade, marginalidade e perigo.
Não consigo dizer qual escola ou qual sala me fascinou mais, as quais eram separadas cronologicamente. Para explicitar a riqueza das obras escolhi falar então sobre o renascimento italiano. Podemos claramente ver nessa arte as diferenças entre cada província italiana da época. Por mais que as cidades hoje não sejam separadas que por de poucas horas de trem, naquela época cada região era dominada por algumas famílias ricas e importantes, com seus respectivos costumes. As mulheres venezianas portavam roupas mais pesadas e ornamentadas, e usavam sapatos com plataforma de madeira muito pesados se comprados ao padrão de hoje. Isso refletia a pouca necessidade de andar grandes distâncias diante da facilidade de locomoção em gôndolas. Já em Rimini, por exemplo, elas usavam outros tipos de tecidos, de outras tonalidades, sapatos e sandálias leves, e mesmo os acessórios eram diferentes. Assim, podemos ver claramente através da arte sutilezas que ilustram diferentes sociedades, culturas, costumes e histórias, o que, a meu ver, a torna ainda mais majestosa.
O papel da mulher na sociedade era claramente retratado nas pinturas: uma mulher casta, simples, que deveria se espelhar na virgem Maria, o grande “exemplum”. As obras que a representavam estavam cobertas de simbologia, e percebe sua ligação com a religião e seu papel de mãe – duas das grandes instituições às quais a mulher estava diretamente ligada. Em contrapartida, pinturas que representavam a Eva explicitavam o que as mulheres deveriam evitar: perdição, pecados e rejeição. Nessas pinturas, a Eva era representada em selvas escuras, cercada por elementos que denotam selvageria, hostilidade, marginalidade e perigo.

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