domingo, 15 de novembro de 2009



Além da Pop Art e da arte conceitual, outras formas e movimentos artísticos se desenvolveram ao longo do século passado e conhecê-los, agora, me parece fundamental para entender a arte contemporânea, principalmente devido ao seu hibridismo e ao grande leque de referências que encontramos na arte de hoje. Destaco também a arte minimalista, a Body Art, a Land Art e a performance.
A arte minimalista, assim como a Pop Art, também apresentava interesse pelo corriqueiro. O Minimalismo é considerado uma arte de negação, que reage à narrativa, ao academicismo, com aparência monocromática, engenhada e impessoal, em contraste com o alto teor emocional e expressivo das pinturas gestuais dos Expressionistas abstratos. Os artistas minimalistas procuravam evitar a aparência de envolvimento pessoal na arte de forma a nao desvirtuar a verdade objetiva da obra de arte como tal.
A Body Art, por sua vez, apresenta o corpo do artista como lugar onde se consuma uma batalha, o qual exibe resíduos de violência e rastros de trauma. Trata-se de uma arte muitas vezes excessiva, em que o artista desafiava a morte testando seus limites físicos. A Body Art surgiu nos anos 1960, no auge da escalada norte-americana no Vietnã, depois do Holocausto e das armas atômicas, em um momento histórico no qual predominavam crenças no fim do progresso, na ameaça de aniquilação e no fim do mundo.
Já a Land Art é a arte na natureza, cuja documentação é exposta em galerias. Algumas obras demonstravam uma disposição em manipular e alterar a paisagem em escalas gigantescas.
Muitas vezes ligada à Body Art e tão extrema quanto ela, a performance explicita a ênfase dada ao processo em detrimento do produto final. Ela explora então o efêmero e o transitório. Conforme o próprio nome diz, a performance é alguma ação executada pelo artista e experimentada diretamente por apenas alguns presentes, enquanto a grande maioria a conhece apenas através de documentações como vídeos ou fotografias.

Após realizar a pesquisa sobre arte contemporânea, era hora de colocá-la à prova. Visitei então dois museus de arte contemporânea, o Inhotim, em Brumadinho, e o Inimá de Paula, em Belo Horizonte, procurando estabelecer novas relações com a arte, entender melhor as motivações dos artistas e relacionar as obras de hoje com momentos precedentes à arte contemporânea.
A cada obra, consegui estabelecer relações com outros estilos artísticos e localizá-las claramente na história da arte. O hibridismo, o qual muitas vezes torna a arte contemporânea complexa e de difícil compreensão, fica muito mais tangível com uma dose a mais de conhecimento. A seguinte obra do americano Chris Burden, Beam Drop, se torna mais interessante para quem já ouviu falar da Land Art, da arte conceitual e do minimalismo.



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